sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Os misericordiosos


"Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" (Mt 5:7). A misericórdia aqui descrita por Cristo passa a ter valor quando é praticada. Paulo descreveu Jesus com esta mesma qualidade: "Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo" (Hb 2:17). Na descrição de Paulo, Jesus foi chamado "misericordioso e fiel sumo sacerdote" porque decidiu ser semelhante ao ser humano. Jesus agiu. A misericórdia não pode ser apenas um sentimento, mas tem que resultar em obras a favor do ser humano. Em Mateus 25 temos uma cena do juízo final. À direita de Cristo aqueles que herdarão o reino dos céus e à esquerda aqueles que deixarão de existir eternamente. Qual a diferença entre as duas classes? Jesus diz: "Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar" (Mt 25:35-36). Esta passagem não sugere que a salvação seja alcançada pelas obras. A salvação vem unicamente pela graça de Cristo (Ef 2:8). Contudo, esta passagem sugere que aqueles que aceitaram a salvação e permitiram ser moldados por Cristo produzirão obras naturais em favor do ser humano. Obras de um coração cheio de gratidão. Tais pessoas fazem o bem aos outros como se estivessem fazendo para o próprio Jesus. "Quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram". Tais obras não são realizadas com a intenção de alcançar a salvação, mas com a intenção de estender o amor de Jesus aos tristes e enlutados desta vida. Existe uma sequencia nas "bem-aventuranças". Primeiro, Jesus se dirige aos pobres de espírito, aqueles que desejam a salvação, mas entendem que não a alcançarão sozinhos, e para esses Jesus assegura a entrada no reino dos céus. Em segundo lugar Jesus se reporta aos que choram, e este choro é uma referência ao pobre de espírito tentando alcançar a salvação, e Jesus assegura que tais pessoas serão consoladas. Seguindo, Jesus se volta aos mansos, aqueles que aceitam a vontade de Deus em sua vida e diz que tais pessoas herdarão a terra. O pobre de espírito, que chora por não atender aos reclamos divinos, mas que aceita a vontade de Deus em sua vida, anela por justificação, salvação e Jesus diz que estes serão fartos. Jesus ergue o pobre de espírito e o eleva a condição de justo e o resultado de tão grande amor deve ser a misericórdia. Jesus nos ergue com Sua poderosa mão e devemos, em retribuição amorosa, permitir que nossas mãos sejam extensões desta poderosa e amorosa mão que sempre nos sustenta. Jesus diz aos que agem com misericórdia: "Alcançarão misericórdia". Neste dia tão glorioso, quando Cristo retornar nas nuvens do céus, que você seja encontrado praticando a misericórdia. Deus deseja usar todos nós para que pessoas sejam encorajadas a viverem neste Céu tão maravilhoso que Deus tem preparado para Seus filhos. Dê sua mão às pessoas que estão sofrendo ao seu redor e, juntamente com Cristo, levem-nos ao Céu!

Um comentário: