quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Livres do poder do pecado


Até aqui espero ter deixado claro que a justificação é um ato exclusivamente divino. Não existe qualquer parte humana a ser desempenhada neste processo a não ser a aceitação. Não podemos vencer o pecado, mas Cristo venceu e através dos Seus méritos somos declarados justos (não nos tornamos justos). Continuamos sendo pecadores, porém, pecadores legalmente perdoados. Sendo assim, não precisamos levar o peso da culpa de nossos pecados. Mas, será que o único objetivo de Deus é me livrar da culpa do pecado? Não! Deus também quer me livrar do poder do pecado. Ele não quer apenas me erguer da lama em que eu me encontro, mas Ele quer que eu tenha uma vida melhor, livre o quanto possível das terríveis consequências do pecado. Longe o quanto for possível do pecado. Este processo é chamado de santificação. Justificação e santificação não podem ser confundidas e não podem ser separadas. Deus não justifica aqueles a quem Ele não pode santificar. Justificação é uma obra que Jesus faz por mim e santificação é uma obra feita em mim. O evangelho não é apenas um chamado a fé, mas um chamado ao arrependimento. A Nicodemos e a nós ainda hoje é dito: "Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo". Precisamos passar diariamente pela experiência do novo nascimento em Cristo Jesus. A Bíblia trata sobre a santidade em dois sentidos: (a) Como um relacionamento - O termo básico de santificação fala de relacionamento. Ser colocado a parte para um propósito definido. "Sede santos porque eu sou Santo" (Lv 11:44). Esta frase é introduzida no contexto da apostasia pagã. Deus é santo porque é separado dos deuses pagãos. Israel é chamado de nação santa. Neste sentido a santificação é um ato passado. Ex.: "Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1Co 6:11). "Fostes santificados" – "fostes separados para um propósito definido"; (b) Com sentido moral - Neste aspecto a santidade é definida como uma obra para a vida toda. O conceito bíblico de pecado nos deixa claro que é impossível para o ser humano atingir completa impecabilidade. Contudo, o fato de não ser possível alcançar completa impecabilidade não significa que não vamos lutar por isso! O cristianismo não é apenas um chamado a vida eterna, mas também um chamado ao arrependimento. Um extremo é fazer de uma completa impecabilidade um requisito para alcançar a salvação. Errado! Outro extremo é pensar que, por Deus ser amor, podemos continuar na lama do pecado que mesmo assim estamos salvos. Errado! Deus tem um grande desejo de nos ver caminhando em santificação. Isto é para o nosso próprio bem. Andar distante do pecado é o melhor para todo cristão. Este processo não acontece alheio a vontade humana. Devemos ler atentamente Romanos 6:1-14. Ali, oito vezes vemos uma contraposição entre vida e morte. Neste texto encontramos três elementos básicos: (1) Caminhar uma nova vida – agora nossos princípios não são mais ditados pela nossa própria consciência, mas pela ética cristã. Agora não existe mais o que eu acho, mas o que Cristo quer de mim; (2) Não deixando o pecado reinar no corpo mortal – a soberania do pecado foi quebrada, mas o corpo tem desejos permanentes. O velho homem ainda está dentro de mim! EGW trata sobre as avenidas da alma, o caminho por onde Satanás tenta recuperar os seus súditos; (3) Submissão de seus membros a Deus – Deus ocupa maiores áreas de controle em nossa vida. Amanhã falaremos sobre o conceito de santidade e perfeição. Deus espera que eu seja perfeito? Que perfeição Deus requer de mim? Porém, até lá, lembre-se que você pode ter a certeza de sua salvação porque Cristo morreu por você, mas tenha também a certeza que Deus quer lhe dar forças para te libertar do pecado que tanta tristeza traz para a sua vida. Dê sua mão diariamente a Cristo e caminhe ao lado dEle. Você nunca poderá estar em melhor companhia. Ao caminhar ao lado de Jesus, não tenha dúvidas que Ele estará te guiando ao Céu!

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