quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Acostumados a fazer o mal

Deus nos faz uma pergunta: "Pode um leopardo mudar as suas pintas?" A resposta é óbvia: Não! E Deus responde:"Assim também vocês são incapazes de fazer o bem, vocês que estão acostumados a praticar o mal" (Jr 13:23). Será que eu estou acostumado a praticar o mal? E você? Está acostumado a praticar o mal? É claro que essa resposta varia de acordo com a concepção que temos do que é mal. Pense em um adolescente que cresceu em um lar onde sempre pode perceber o cuidado, carinho e respeito de seu pai pela sua mãe. Digamos que o pai deste adolescente sempre foi fiel à sua esposa e passou este valor para seu filho. Será que este jovem acharia errado ter duas namoradas? É muito provável que sim. Agora, pense em um adolescente que aos 14 anos recebe de seu pai alguns preservativos e ouve a seguinte frase: "Homem tem que pegar todas mesmo". Desde sempre ouviu de seu pai e pessoas próximas as vanglórias da infidelidade como a maior prova de sucesso. Será que este jovem acharia errado ter duas namoradas? É muito provável que sim. O certo para ele seria ter três, quatro ou mais! Tudo depende do padrão, modelo ou exemplo que temos. É comum encontrarmos casamentos destruídos porque o homem aprendeu que marido bom é aquele que leva comida para dentro de casa e, se isso está acontecendo, nada mais importa. Somos dirigidos pelos nossos padrões e o que percebemos é que os padrões estão cada vez mais baixos. Respeito é sinal de medo, humildade é sinal de fraqueza, honestidade é sinal de burrice, fé é sinônimo de extremismo, falta de cultura e tantas outras coisas. E quando os padrões baixam, facilmente nos acostumamos a fazer o mal. Não estou falando da concepção geral de mal, crimes ou coisas do gênero. Estou falando de um mal que nem é considerado mal por muitos. Estou falando do orgulho, da cobiça, do sentimento de superioridade e outros do tipo. Moradores de longa data em nosso coração e que muitas vezes até esquecemos que estão ali. Sua presença é tão comum que nem os notamos.
padrão divino nos mostra que devemos nos preocupar com o orgulho. Por que não pedir perdão? Por que não reconhecer o erro? Por que não desfazer as inimizades? Por que tantos relacionamentos desfeitos pelo orgulho? Ter um ideal, um alvo, uma meta é diferente de cobiçar. A cobiça é irracional, e sem limites. O sentimento de superioridade nos faz ferir quem está ao nosso redor e nem achamos que estamos errados em agir assim. Certa vez alguém disse que, quando olhados de cima, todos somos do mesmo tamanho, e é exatamente assim que Deus nos vê. Todos do mesmo tamanho! O interessante é que o orgulhoso é sempre meu amigo, vizinho ou parente, mas nunca eu. Não reconhecemos que existem coisas ruins em nosso coração e assim vamos nos acostumando a fazer o mal. O meu e o seu padrão deve ser Deus. E qual é o padrão divino? "Amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio" (Gl 5:22 e 23). Todos temos defeitos, mas devemos sempre lutar contra eles. Eu não preciso de Deus para ser um bom empresário, um bom chefe, um bom pai. Você conhece muitas pessoas que não estão interessadas em Deus, mas, à vista geral, são boas pessoas. Contudo, para mudar as coisas do coração eu preciso de Deus. Só Ele consegue mexer em tudo que está aqui dentro. Ele nos criou e Ele pode e quer nos desacostumar a fazer o mal. "Dá-me, filho meu, o teu coração" (Pv 23:26). 

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